As fotos expostas, assim como os textos escritos, salvo nas situações devidamente referidas, são de minha autoria ou, eventualmente, dos que me são próximos. A sua apropriação indevida está vedada a quem o fizer sem a minha autorização. Como compreenderão.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Feliz Natal!


A noite, fria, ficou deserta

A mesa, farta de sabores e de cores,

Fervilhava desperta

Reunia sorrisos e carícias,

Olhares saudosos, de uma cumplicidade total

No fim, trocaram prendas e desejos,

  Alegrias e outras delícias,

E sob um brilho cristalino, 

Ainda antes dos primeiros bocejos,

Saudaram... o nascimento do Menino

E desejaram a todos

Feliz Natal.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Simplesmente, voa...

(Foto captada no European triathlon Championships 2011 - Pontevedra)



Voa passarinho, voa.
Voa que seja à toa,
Mas, voa passarinho, voa.
Desafia o vento e o mau tempo,
e voa.


Ainda que andes à toa,
Ainda que te cortem as asas,
 passarinho, voa.
Saltitando ou pulando
Correndo, sôfrego ou esbaforido,
Gritando em dor, desabrido,
Voa sempre, passarinho, voa.


Não deixes que te cativem o sorriso,
Que te amputem sonhos,
Que te lancem os medos,
Mas, voa, passarinho, voa.
Ainda que seja em segredo.
Esvoaça por entre nuvens e quimeras,
Vai ao encontro de quem esperas.


Bate as asas com rigor,
No calor da revolta
 Ou no calar da dor,
Com doçura ou como for,
Mas, voa, passarinho, voa.
Aproveita esse dom
E liberta-nos a todos nós
Do degredo, 
Da prisão dos sentidos,
E voa, passarinho, 
Voa sem medo.


Descobre mundos sem fundo,
Navega em mares moribundos,
Escala serras e montanhas,
Vai aos limites deste mundo,
Vasculha-lhe as entranhas
E voa, passarinho, voa,
Voa alto ou voa baixo,
Em silêncio ou estrepitoso,
Que cada voo teu
Seja-o também meu,


Vai, passarinho, canta e voa.

Com asas ou sem asas,
Na amplitude do teu voar,
Solta-te das amarras
Que prendem o teu cantar
E voa, voa, voa, voa....

domingo, 21 de agosto de 2011

TU...



Tu…
Que me cantas a vida
Quando ela não me ouve

Tu…
Que me iluminas o caminho
Quando se me acinzenta o espírito

Tu…
Que me coloras de esperança
Quando me despertas das sombras

Tu …
Que me soletras o amor
Quando me fogem as palavras

Tu…
Que me falas de dentro
Quando de mim pareço fugir

Tu…
Que me confias sempre
Quando mais pareço duvidar

Tu…
Que me esculpiste as formas
Quando gemeste um desejo

Tu…
Que me abraças com o teu olhar
Quando anseio pelo teu regaço


A Ti…
que dentro de mim vives,

Digo-te …

 continuo a escutar o teu canto,

que enlaçado me embala,

 entre dois sorrisos…sem fala.

E se nele descanso

a saudade que não se cala.






Nota: Dedico estas palavras a todas as pessoas daqui e d'aquém, que sendo mães ou não, nos fazem tanta falta.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Unique!

O Momento é daqueles instantâneos, acontecem. Especialmente se em sequência surgem. O "modelo" será apenas um adereço; o que realmente importa nesta caso é mesmo aquele micro-segundo. A foto, essa é da autoria da multifacetada Maria João de Carvalho Martins, quem felizmente amiúde me acompanha nestas minhas "paranóias", para delas retirar recordações para a vida, assim como esta.
Considero ter sido um momento feliz.
(Foto captada no Triatlo de Peniche, 4.06.11)

sábado, 21 de maio de 2011

Porto Santo!



Porto Santo...



Ilha de Encantos,
Tormentas idas
e outros cantos.


A ela desejo voltar.


Em seu manto, 
de dourada areia,
 sobre ela me deleito.


E essa imensidão desnudada,
em tons azul turquesa
pintada.


A ela quero retornar.


E novamente trilhar, 
caminhos que nos incitam à pernoita.
E nesta perscrutar... 



...cânticos de sereias
que ao nosso ouvido vêm 
sussurrar...


Amores e desencontros,
de almas perdidas, 
sons de vozes vadias.


A ela desejo regressar.



Por entre búzios e estrelas a marear, 
ditando sinas 
moribundas nas profundezas
daquele ondulante mar.




A Porto Santo desejo voltar...



...voltar...



E voltar...



E voltar...



E voltar...



E voltar...


E voltar...



E voltar...



voltar...


voltar...



E voltar... para novamente em ti me abraçar!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

No Teu Olhar...





No teu olhar eu descubro,

Que o mar

Tem uma cor inventada

Dentro do nosso peito

A mesma

Que a nossa pele vestiu

Quando a desnudámos.






Nota: O poema é da autoria de Maria João de Carvalho Martins. A sua divulgação já havia sido feita pela própria num dos comentários à ultima publicação apresentada neste próprio espaço. Como é tecido no tear das oficinas próprias dos artesãos, considero que deve ser  melhor divulgado. Porque está para além do pessoal, não cometo nenhuma inconfidência e, por isso, ele é claramente transmissível.

domingo, 15 de maio de 2011

Singularidades...(De)Vidas!


Momento Singular, na vida de uma mulher Singular, que tece momentos Singulares com todos aqueles que com ela se cruzam.
Refiro-me a Maria João, uma nova poetisa que desponta no panorama Nacional e de quem me orgulho sem limites.
A foto, essa não é da minha autoria, mas sim de Alexandre Gandum. 

Parabéns e muitas felicidades, Maria João de Carvalho Martins.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Que Aragem Fria, esta!


Ah! que aragem gélida esta
Que me invadiu num repente,
e me esmurra de dentro

Que dor agrilhoada,
Ao grito aprisionado.
Vociferadas são
 As lágrimas destas vísceras, 
Amordaçadas.

Por fim...
Ergo-me em meus braços,
E deixo-me
...pausadamente...
 Expirar.

Libertando esta aragem,
tão fria e inesperada.
E na memória do teu sorriso,
Deixo-me ficar.




Para ti Luísa, um beijo muito grande, minha querida.

terça-feira, 29 de março de 2011

Epílogo de um Tumulto.





Num ápice...
Nimbos e Cumulos, Cumulos e Stratus, acotovelaram-se no céu,
Obedecendo à fúria que a ambos trazia.
Ameaçadoras,  precipitaram-se na sua ânsia,  
Arregaçando ventos, 
Semearam tempestades. 
O mar, encapelado, uniu-se-lhes na ira
Lançando vagas, removendo areias
Estremeceram rochedos.
A terra, esbaforida, remexeu campos e estradas, 
removeu lugares, desenhou novas fronteiras.
Juntos, varreram gentes e coisas,
Sobressaltaram Deuses, 
Ameaçaram a ordem que, atónita e desalentada,
Aturdida e desesperada,
Cedeu no seu cansaço,
Ás ordens da essência das coisas, 
Da sua própria essência, da sua própria natureza,
Razão de sua existência.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Vertigem




Há uma Lágrima Suspensa

Debutante...ou talvez criança

Verde fruto daquela desavença

Gotícula sombreada a negro

Prenhe duma certa esperança

Graceja em elástico oculto

Em delírio, de tão frágil equilíbrio 

Uma noite...ou será um dia?

Desprender-se-á do seu tumulto

E  rebenta! concerteza

De tanta ousadia.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Há Dias Assim






Há dias de tempestade,
Onde, soprando tamanho vento,
Num ápice deixas de respirar

Fecha os olhos, inspira fundo
Deixa passar algum do tempo
Vais ver que muito há para …

Serão dias frios, negros, invernosos
Esporadicamente iluminados
… Momentos silenciosos

Que te gritam tanto, tanto gritam
Que os terás de calar
A eles une-te para que parem de te gritar

Leva-te nesse tempestuoso vento...
Deambula por onde ele desejar
Não contraries o que não queres ou podes

Sente a energia desse tempo
Que em ti irás reencontrar
Faz dela tuas forças

Sorve as suas agruras,
Mastiga esse teu desespero,  
Despoja-te dos preconceitos

E abraça-te a ti mesmo
Olha que te aguardam
Outros dias, outros feitos

Novas vontades e desejos,
Dança dos sentidos, 
Dádiva do poder Amar