As fotos expostas, assim como os textos escritos, salvo nas situações devidamente referidas, são de minha autoria ou, eventualmente, dos que me são próximos. A sua apropriação indevida está vedada a quem o fizer sem a minha autorização. Como compreenderão.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Correntes de Água.


Nestas correntes que me amarram
Às dores que vou sentindo
Choro desgraças e alegrias
Veios de água perdida 
Que me talham a alma
Para outras empreitadas desta vida

Num repente, sinto-me esvaído
Do sentimento lateral, quebrado ou partido
Há diferença?
Porque se me apertam os olhos,
Quando pensando sinto?
Porque se me turva o coração,
Quando entre a verdade e a mentira,
Nada distingo?

De uma nuvem corrida
Desafiando o poder da gravidade
Caiem correntes de água
Que num truque  de magia
Me deleitam e deliciam
Curando-me esta e aquela ferida
Ensinando-me que tudo mais não é
 Uma quimera, a nossa vida.





1 comentário:

Mª João C.Martins disse...

A poesia que corre talhada da tua alma, é de tamanha grandeza que basta deixares-te fluir como nascente, para que te reveles rio imenso...
...e eu na tua margem te contemplo em profunda admiração.

Beijo