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segunda-feira, 22 de junho de 2015

Não Sei...(Part I)




Já não sei o que sou
Já não sei o que sinto,
Não sei para onde vou
Esqueci o esquecimento
Lembrei que já não lembro
O tempo ajudou

Serei amalgama de nada,
Ninharia de tudo
Vértice desfiado
Ou poço surdo
Já não ouço quem me grita
Não vejo quem me sorri

Serei prisioneiro do meu tempo
Ou prisão de mim mesmo
Matéria disforme
Cego a cada momento
De algo cujo nome...

...não tem memória de ser

Não tenho ânsia de sentir
Não me quero agrilhoar
E não me quero deixar ir
Tudo menos falhar
...nesta pretensão de viver!