Nestas correntes que me amarram
Às dores que vou sentindo
Choro desgraças e alegrias
Veios de água perdida
Que me talham a alma
Para outras empreitadas desta vida
Num repente, sinto-me esvaído
Do sentimento lateral, quebrado ou partido
Há diferença?
Porque se me apertam os olhos,
Quando pensando sinto?
Porque se me turva o coração,
Quando entre a verdade e a mentira,
Nada distingo?
De uma nuvem corrida
Desafiando o poder da gravidade
Caiem correntes de água
Que num truque de magia
Me deleitam e deliciam
Curando-me esta e aquela ferida
Ensinando-me que tudo mais não é
Uma quimera, a nossa vida.
1 comentário:
A poesia que corre talhada da tua alma, é de tamanha grandeza que basta deixares-te fluir como nascente, para que te reveles rio imenso...
...e eu na tua margem te contemplo em profunda admiração.
Beijo
Enviar um comentário