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quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Perdoo-te!...



Sim, perdoo-te...
As noites não esquecidas
O desvario do meu ser
O desengano dos sentidos
O frio entardecer...

Sim, perdoo-te...
O desejo traído
Por um passado irascível
Dores cravadas, que terão ido
Em busca de um amor impossível

Sim, perdoo-te...
A imensidão desse sentir
Porque negra é a sua fome
Voraz em destruir
A beleza que não tem nome

Sim, perdoo-te...
Porque só agora compreendo
As feridas inculcadas
Na minha alma dilacerada
Razão de uma dor, em crescendo.

Por isso te perdoo,
A ilusão do sentir
Sonhos feridos
Vontades desfeitas
A força de partir.

Mas, serei eu?
Alguém para perdoar?
Se em ti procurei
O que em mim encontraste,
A mesma ânsia, o mesmo elixir,
A mesma convicção do amar!?


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