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terça-feira, 12 de agosto de 2014

Ó Mar, mar...





Ó mar,
que se me queres,
aceito tudo,
tudo o que tens para me dar,
e te retribuirei
com tudo,
tudo o que tenho
para te oferecer

Mas, tira-me deste ser
que eu prometo em nada te envenenar

Ó mar,
como poderei eu em ti respirar,
se me retiras a cada maré
o mareante que preciso sofrer,
se me afago em cada vaga,
ao mastro alapado,
agarrado à vida com um pé,
um quase nada,
para naufragado me retardar?

Mar,
por onde navegas,
deixa-me em ti bolinar,
descobrir certezas
e tristezas não,
e no teu dorso poder alegrar
sorrisos que esquecidos estão
e outros por despertar

Ó mar,
se eu em ti me aprofundar,
promete-me o azul marinho
mais belo, mais cintilante
em puro deleite sentir
Não haverá constelação
que me arrepie
das marés andantes
e do certo devir

Ó mar,
porque não me deixas tu partir?
se  faço juras de te pertencer,
e de sempre te amar?



2 comentários:

GarçaReal disse...



Um bom poema de entrega ao mar e às sua belezas num desejo de nele deixar as amarguras.

Gostei

Bjgrande do Lago

João Correia disse...

Obrigado ao lago, primo afastado do mar...:) Beijo.