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sábado, 11 de abril de 2015

Desejo











Na areia
no estendal
na sementeira
a meio do quintal
com um travesseiro
de cores garridas
e ao longe
umas espigas crescidas

quero foder-te
aí mesmo
nesse emaranhado de coisas
sem camas
e outras tretas
quero rasgar-te
e nos teus ouvidos
gemer-te
sugar-te as mamas
e apurar os sentidos

quero foder-te, sim...
à distância de um beijo
entre laços de pernas
em solfejo
cheirar-te
por dentro
esse perfume
intenso
de tília e jasmin

quero que quero
tamanho sem fecho
pendurado aqui e ali
agarrado onde for
sorver-te tão só
espalhar-te
todo este ardor
em teu corpo
apanhar-te
vestido ou despido
tanto se me dá
apenas te desejo
sugar-te
sem piedade, sem dó

e depois...
quero largar-te
para bem longe
...de ti e de mim...
deixar-te...
sem lágrima
sem angústia
sem lamento
de termos fodido assim